Vinte e nove anos, nascido em Romagna, e morando em Milaõ, Luca Gardini é o melhor sommelier do mundo 2010. Este é o "Maior prêmio" para aqueles que fazem este trabalho, e Luca foi coroado em Outubro 2010 em Santo Domingo, um país onde o vinho não é produzido. "Foi uma sensação única, rara e emocionante - diz, referindo-se a quando ele ganhou este título de prestígio - mas a coisa que me deixou mais feliz foi ouvir o nosso hino tocar, porque eu fui lá, não só para mim, mas também para demonstrar que o vinho italiano não tem nada a invejar a ninguém."
Campeão europeu em 2009, é "filho d'arte": seu pai faz o mesmo trabalho e desde criança Luca nunca tive quaisquer dúvidas. Na verdade, seu primeiro curso de sommelier ele fez aos 14 anos. "Dos 7 aos 16 anos tenho me dedicado principalmente ao violino - disse Gardini - Eu realmente gosto da música. Mas o vinho escorre em minhas veias, é minha vida e eu sempre soube que este seria o meu trabalho."
E' sem dúvida um privilegiado Luca Gardini , que conseguiu transformar uma paixão em trabalho. Ciente de sua capacidade, em Santo Domingo foi capaz de reconhecer "a cega" vinhos provenientes de todo o mundo, desde a Califórnia até o Chile, para a Argentina. Era um desafio complexo.
Luca conta que passa horas na adega da casa dele, cuidando de seus vinhos, que considera como “filhos”.
O vinho é uma paixão, e ele declara ter escolhido este trabalho porque acredita na enologia italiana. "Se eu puder fazer algo para o vinho italiano, estou feliz. E a minha vitória, por outro lado é o resultado de um país que me deu tanto em termos de vinho, emoções e estímulos"
Luca Gardini começou em Florença na Enoteca Antinori, e agora trabalha no restaurante Cracco em Milão; segundo ele, as qualidades que devem pertencer a um grande sommelier são, além de humildade e ser comunicativo, a sensibilidade, em termos de sabor, mas também a capacidade de se emocionar. Luca não tem problemas em revelar suas preferências: "Se eu puder escolher, eu prefiro um Nebbiolo e um Sangiovese, mas também alguns Barolo e Brunello me deram grandes emoções. Mas não devemos esquecer também o Verdicchio, ou o Carricante dell'Etna.
Para um sommelier também é importante conhecer os segredos da culinária: o vinho tem que acrescentar e complementar a comida e vice-versa.
Convencido de que é necessário redescobrir os vinhos rosados, incluindo orgânicos e biodinâmicos "se estes são realmente bons e produzidos seguindo os critérios desse tipo de produção", o Sommelier campeão do mundo diz que "do vinho tudo foi escrito e nada foi escrito, pois uma das suas "qualidades" é que sempre muda e evolui.
" Mas, não há dúvida de que “a melhor maneira” de mantê-lo em casa é mantê-lo na horizontal para que a tampa esteja sempre em contato com o vinho, num ambiente mais escuro possível e, o mais fresco possível. No caso dos vinhos brancos é melhor manter as garrafas na geladeira para manter uma evolução mais constante. "
Para escolher um bom vinho, finalmente, Luca Gardini diz que devemos em primeiro lugar, estabelecer um range. E muitas vezes, um preço mais baixo não significa necessariamente que iremos beber um vinho menos bom.
Um grande ponto a favor da Itália em relação à França, é que é capaz de produzir excelentes vinhos com preço médio e baixo.
Além do preço, temos de entender o que queremos beber, se um vinho mais ou menos suave, fresco ou frutado ".
Quando você sai para jantar com alguém, você nem sempre conhece o cardápio. E como pode escolher um vinho sem cometer erros? Luca diz que "as bolhas" são a escolha mais tranquila, a numero um, pois satisfazem acompanhadas com tudo e a todos.
“Nós não podemos acompanhar um tinto importante com um peixe cru. Podemos aconselhá-lo para acompanhar uma carne estruturada, com a qual podemos servir também um frisante um pouco mais evoluído, macio.”
Mas Luca quer acabar também com o mito de que peixe não pode jamais ser acompanhado por vinho tinto: "Como a carne, o peixe também pode ter mais ou menos de gordura, e temos preparações diferentes. E' possível combinar com alguns peixes vinhos tintos de médio corpo, não muito estruturados, com boa acidez. Um conselho que posso dar é servi-los um pouco mais frescos, não frio, cerca de 14 graus. O Grignolino por exemplo, acompanha peixe muito bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário